sábado, 10 de outubro de 2009

Leis máximas

Daqui em diante, todos os amanheceres do mundo,
Todas as noites estreladas,
Todos os barulhos de chuva nos telhados,
Todo o orvalho das frescas manhãs de inverno,
Toda a luz solar sobre a terra,
E todos os ventos, todas as primaveras e todos os outonos
Serão plenos e belos.

Noites de sombria tempestade, saiam daqui!

A partir de hoje, todos os sonhos,
Toda a saudade,
Todo o sentimento,
Toda a expectativa,
Toda a espera,
E toda a esperança
Serão plenos e belos.

Ansiedade louca, saia daqui!

E nesta presente data, todos os medos desaparecerão,
Toda a tristeza terá fim,
Todo o desespero se extinguirá,
Todos os pesadelos se transformarão em alegres despertares,
Todo o ódio será levado pelos ventos (e que ventos)!
E todo o amor
Será pleno e belo.

Fantasmas de morte, saiam daqui!

Hoje fica decretado que todas as mulheres que sonham,
Todos os homens que sonham,
Todos os loucos que sonham,
Todos os visionários que sonham,
Todos os amantes que sonham
E todas as estrelas que sonham
Serão plenos e belos!

Tânatos, aquele que traz as sombras, saia daqui!

Ah, mas a todos os anjos e fadas, todo amor louco, toda paixão impossível e todos os dias de chuva debaixo das cobertas...
É permitida a entrada!

domingo, 13 de setembro de 2009

Bibliômanos assumidos

Caso pedissem, algum dia, para me definir em uma palavra, escolheria essa: bibliômana. Traduzindo, uma maníaca por livros.

Gosto de cheiro do papel dos livros novos, um suave perfume. Gosto do cheiro empoeirado dos livros antigos, o odor característico dos sebos. Gosto da calma e quietude das bibliotecas, onde passo um bom tempo para escolhê-los. Gosto do movimento das livrarias, onde perco meu tempo folheando-os. Gosto do silêncio das noites de leitura, quando se tornam mais mágicas as palavras escritas num texto. Gosto do ritual de preparação para lê-los, procurar um ligar tranqüilo, sentar de pernas cruzadas ou ficar deitada e abrir cuidadosamente suas páginas.

E amo a expectativa que encerram antes de começar e o prazer da recompensa após a última página.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

I won´t follow!!

Estou devendo um post nesse blog. Tema pensei em vários. O negócio era colocar a idéia no papel. No papel, por que não consigo escrever direto no computador. Eu sei que é mais rápido, mas o texto não fica do jeito que gosto. Além do mais, eu gosto do ato físico de escrever no papel e do barulhinho que o grafite faz nele quando coloco em prática minhas idéias.

Decidi escrever sobre o Twitter depois que observei o interesse da mídia sobre esta ferramenta e o crescimento absurdo de usuários no Brasil (não postarei estatísticas aqui, quem quiser, procure no Google). A gota d água foi no dia da inscrição de matérias da faculdade. Samantha Quadrat, vice coordenadora do curso de história na UFF manda: “Agora estamos no Twitter”. Pensei: já chega! Na hora, rebati dizendo que me recuso a usar uma ferramenta que me limita a 140 caracteres. E explico os motivos para isso aqui.

A nova modinha da internet é o Twitter. Não me estenderei em explicações sobre ele. Para quem não sabe, trata-se de um micro blog, onde os usuários colocam informações em até 140 caracteres e são seguidos por outros usuários. Eu me pergunto: qual é a real utilidade dessa ferramenta?

Os defensores da modinha dirão: “Ora, mas eu uso o Twitter para divulgar as novidades do meu blog.” Eu digo, e daí? Quem acompanhava um blog fielmente já fazia isso sem o uso da ferramenta. E continuará seguindo. Seguindo porque gosta, porque é interessante, porque tem algo de relevante a dizer. E o blog, quando é interessante, é divulgado via boca a boca, oras! Pra quê o Twitter?

Ok, lá na Moldávia, pessoas se agregaram a um protesto político por causa da divulgação via Twitter. Mas as pessoas já se juntavam a protestos imensos antes dele. De alguma forma, informações circulam. Foi interessante o uso da ferramenta? Foi, concordo. Mas as pessoas foram com uma motivação política e não por causa do Twitter.

Na minha sincera opinião, é inútil. Se sumisse, não faria falta nenhuma. Já temos meios suficientes de divulgação de informação e circulação de idéias. Além disso, considero 140 caracteres um limite a criatividade humana. É informação jogada ao vento e pior, sem nenhuma reflexão sobre ela.

O Twitter é só mais um sintoma destes tempos corridos pós modernos onde vivemos. É informação puramente descartável. Já pararam para perceber que vivemos numa correria louca e não paramos para pensar? Ora, pensar é coisa do passado, reflexão é algo fora de moda. Viva a velocidade, viva a informação rápida. Acabou? Passamos para o próximo ponto. Não, eu me recuso a viver dessa maneira! Não me interessa ter uma conta, tenho coisas mais importantes a fazer do que ficar divulgando o que fiz da minha vida em 140 caracteres.

Ah! Quando falei que me recusava a usar Twitter, Samantha me respondeu que Umberto Eco também era contra. Opa! Pelo menos não sou uma única voz sozinha bradando contra a velocidade sem sentido.

Acharão este post no Google. E eu estou pronta para as críticas.

domingo, 19 de julho de 2009

Il principio...

Este é meu novo blog.

Encerrei o outro , na semana passada. Expus os motivos lá, não carece de explicações aqui.

O que eu não gostava no outro blog era a "pessoalidade" dele. Deixe-me explicar: eu costumava fazer posts contando como eu estava por dentro, ao invés de escrever sobre minhas percepções sobre alguns assuntos.

Prometo (mas não cumprirei, hehe) que serei mais regular nas postagens.

No mais, boa sorte para mim agora.